Antônio Barros é enterrado sob homenagens de amigos e familiares em João Pessoa
06/04/2025
(Foto: Reprodução) Cantor e compositor paraibano morreu aos 95 anos neste domingo (6). Ele tinha Parkinson e passou mais de dois meses internados por complicações da doença. Velório de Antônio Barros conta com homenagens de familiares, amigos e fãs
Deyse Ponciano/TV Cabo Branco
O cantor e compositor Antônio Barros foi enterrado no final da tarde deste domingo (6) no Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa. A despedida do artista paraibano, que morreu aos 95 anos, foi repleta de homenagens de amigos e familiares.
Antônio Barros morreu na manhã deste domingo (6), no Hospital Nossa Senhora das Neves, onde estava internado desde o dia 26 de janeiro. O cantor e compositor sofria de Parkinson e estava internado por complicações da doença.
Durante o velório, familiares, amigos e admiradores da obra do cantor e compositor compareceram para fazer homenagens, cantando composições dele, como 'É Proibido Cochilar' e 'Bate Coração'.
Artistas como Alcymar Monteiro e Jorge Altinho estiveram no velório de Antônio Barros.
Enterro do cantor e compositor Antônio Barros
Deyse Ponciano/TV Cabo Branco
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Reprodução/TV Cabo Branco
Vida e obra
Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.
Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão 'Homem com H', 'Bate Coração' e 'Procurando Tu'.
"Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para recife, e a partir daí começou minha vida profissional", disse o compositor em uma entrevista concedida ao g1 em 2020, quando completou 90 anos.
"Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá, quando voltou ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo", contou Cecéu em 2020.
Patrimônio cultural imaterial da Paraíba
Uma lei publicada em 2021 reconheceu a obra dos casal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei é de autoria da então deputada estadual Estela Bezerra, que justifica o reconhecimento pelo casal representar não só a musicalidade, mas também a cultura do estado. “[Antônio Barros e Cecéu] são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano e nordestino”, destacou a deputada.
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