Cassação de Prefeito na Paraíba Reacende Debate Sobre Compra de Votos
- 09/12/2024
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Na noite do último domingo (08), o juiz Osmar Caetano Xavier, da 42ª Zona Eleitoral de Itaporanga, decidiu pela cassação dos mandatos do prefeito eleito de Pedra Branca, Bastinho (MDB), e do vereador Geudo (PL). Ambos foram condenados por abuso de poder econômico e captura ilícita de votos nas eleições municipais
Além da perda das cargas, os acusados foram declarados inelegíveis por oito anos e condenados ao pagamento de uma multa de R$ 10 mil. O magistrado também determinou que a Câmara Municipal de Pedra Branca seja notificada para evitar uma posse de políticos cassados
A Justiça deve fazer valer a sua força e combater a corrupção
Imaginem em cidades onde grupos políticos (que mais pareciam milicianos) fecharam ruas, coagiram eleitores (com motoqueiros mascarados), proibiram os moradores da zona rural de comparecer às urnas (trancando os acessos com uso de veículos) e ainda bradaram aos quatro cantos que gastaram milhões e milhões para comprar a consciência das pessoas?
Promessas de emprego, secretarias, locações de veículos e distribuição de dinheiro a céu aberto fizeram da campanha de 06 de outubro uma das mais corruptas a que se tem conhecimento, mas o eleitor também tem sua parcela de culpa quando aceita tais “benefícios” e não denúncia o criminoso. Sim, compra de voto é crime, venda de voto também.
A venda de votos é um crime que compromete a essência da democracia, ao transformar o direito de escolha em uma transação econômica. Esse ato não apenas enfraquece o processo eleitoral, mas também perpetua práticas corruptas que prejudicam a sociedade como um todo. Quem vende seu voto contribui para manter um sistema injusto, no qual interesses pessoais se sobrepõem ao bem comum.