Com Cidade em Estado de calamidade Pública, Prefeito de Remígio Aproveita Dispensa de Licitação e Compra Mais de 60 Mil Em Dentaduras
- 05/03/2025
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Mesmo com sua cidade em Estado de Calamidade Pública, alegando falta de chuvas, parece que o prefeito Cláudio Régis não soube escolher prioridades e trouxe à tona uma questão que precisa ser discutida com seriedade: a aplicação de recursos públicos em ações que, à primeira vista, podem parecer benéficas, mas que, ao serem analisadas mais profundamente, revelam-se como um desperdício de dinheiro e uma falta de planejamento. O caso em questão envolve a compra de dentaduras, no valor de R$ 60.500,00, conforme licitação 00007/2025, homologada em 14 de fevereiro de 2025. Embora a ideia de distribuir próteses dentárias gratuitamente seja, em princípio, louvável, é impossível não questionar os gastos em tão pouco tempo de administração.
Primeiramente, é importante observar a escolha do fornecedor: a empresa Aline Aguiar Rocha - ME, com sede em Lagoa Seca e um capital social de apenas R$ 1.000,00, recebeu o contrato de mais de 60 mil reais para fornecer as dentaduras. Essa discrepância entre o valor do contrato e o capital da empresa é um claro indicativo de que o processo licitatório deveria ser mais bem avaliado. Como pode uma empresa de tão pequeno porte assumir um compromisso de tamanha magnitude? A transparência e a segurança nas escolhas dos fornecedores são fundamentais para garantir que os recursos públicos sejam bem aplicados.
Além disso, há também um aspecto questionável em relação à efetividade dessa medida. Não basta apenas distribuir dentaduras se a saúde bucal da população não for tratada de forma integral. A simples entrega de próteses não resolve problemas como falta de acesso ao tratamento odontológico contínuo e de qualidade, ou a educação sobre cuidados bucais. Seria mais sensato, por exemplo, investir em programas de saúde bucal que abrangem desde a prevenção até o tratamento, alcançando mais pessoas e de forma mais duradoura. Com a medida, a impressão que fica é de que, em vez de pensar em soluções duradouras e estruturantes, o prefeito preferiu adotar uma medida paliativa e midiática.
Em tempos em que o Brasil atravessa uma crise fiscal e em que a população exige mais eficiência na gestão dos recursos públicos, é fundamental que os gestores sejam mais criteriosos ao tomar decisões. O sorriso dos cidadãos de Remígio não deveria ser comprado a qualquer custo, principalmente quando a saúde financeira do município e o bem-estar da população estão em jogo. O que a cidade precisa é de uma gestão comprometida com ações mais amplas e consistentes, que realmente melhorem a qualidade de vida da população, e não apenas sorrisos momentâneos.
Violeta
06/03/2025
Aqui é o caos