Tensão na Segurança Pública: Policiais Rejeitam Proposta do Governo e Exigem Mudanças Imediatas

• 22/02/2025
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A segurança pública da Paraíba vive um momento de tensão crescente. Na última sexta-feira (21), policiais civis, militares, penais e bombeiros militares rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo de João Azevedo. A decisão, tomada durante uma assembleia unificada, expôs a falta de sintonia entre o governo e as forças de segurança e levanta preocupações sobre o impacto no futuro da segurança pública no estado.

A Proposta Rejeitada e a Contraproposta da Categoria

A proposta do governo previa um aumento de 5% a ser implementado em setembro, com pagamento via subsídio a partir de 2026. Para os policiais, no entanto, o reajuste foi considerado insuficiente e desrespeitoso, especialmente após o aumento de 5% já recebido em janeiro. A categoria argumenta que a proposta não atende às suas expectativas e reivindicações históricas de melhores condições de trabalho e salários mais justos.

Como resposta, os policiais apresentaram uma contraproposta ousada: a incorporação de 100 horas extras com um valor majorado ao salário. Segundo a categoria, essa medida seria crucial para atingir a "Média Nordeste" salarial, um dos objetivos mais importantes de sua luta por valorização profissional.

Insatisfação e Protestos: O Grito "Fora Jean"

A assembleia unificada também ficou marcada por protestos acirrados e por um forte grito de insatisfação com a postura do secretário de Segurança Pública, Jean Nunes. Durante o evento, os policiais protestaram com palavras de ordem como "Fora Jean", demonstrando sua frustração com a condução das negociações. A presidente da Aspol, Suana Melo, acusou o secretário de defender apenas os interesses dos delegados, aprofundando a desconfiança e a divisão dentro da Secretaria de Segurança Pública.

"Greve Branca" e "Polícia Legal": Medidas de Pressão

Diante da falta de acordo, a categoria decidiu intensificar sua mobilização com duas ações diretas. Durante o carnaval, será realizada uma "greve branca", onde os policiais se recusarão a realizar plantões extras. Além disso, foi lançado o movimento "Polícia Legal", no qual os policiais se comprometerão a trabalhar exclusivamente dentro dos limites da lei. Embora essas ações não configuram uma greve formal, elas deixam claro o descontentamento e a pressão sobre o governo estadual.

O Futuro da Segurança Pública na Paraíba

A rejeição à proposta e o aumento da pressão por parte dos policiais geram incertezas quanto ao futuro da segurança pública na Paraíba. A falta de diálogo e o aprofundamento da insatisfação podem levar a um cenário ainda mais tenso, com impactos diretos na segurança e na confiança da população nas instituições responsáveis pela ordem pública.

O governo de João Azevedo precisa agir rapidamente, restabelecendo o diálogo com as forças de segurança e apresentando propostas que realmente atendam às suas reivindicações. A segurança pública não pode ser refém de disputas internas e decisões unilaterais. A população paraibana merece um sistema de segurança eficiente, com policiais motivados e devidamente valorizados para cumprir seu papel na sociedade.