Efraim dispara: “Governo de propaganda onde a segurança só tem investimento na revista”
- 28/01/2025
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O senador Efraim Filho (União Brasil) criticou duramente o governo de João Azevêdo (PSB) ao participar do programa Frente a Frente, da TV Arapuan, apresentado por Luís Torres, na última segunda-feira (27). Durante a entrevista, Efraim destacou que as forças de segurança da Paraíba enfrentam uma crise salarial e que o governo estadual investe mais em propaganda do que em melhorias reais para a categoria.
"Os policiais civil, penal e militar estão com indicativo de greve porque não suportam mais o pior salário do Brasil. O governador acha que governar é só fazer obras de cimento, pedra e cal, mas não cuida bem dos servidores", disparou o senador.
A insatisfação da categoria foi evidenciada na última quarta-feira (22), quando representantes das forças de segurança pública realizaram uma manifestação no Busto de Tamandaré, em João Pessoa. O protesto reuniu policiais civis, penais e militares – ativos, aposentados e pensionistas – e resultou na aprovação de um indicativo de greve, marcado para o dia 21 de fevereiro.
A principal reivindicação dos policiais é a valorização salarial. Segundo o Fórum da Segurança Pública da Paraíba, o governador João Azevêdo se comprometeu a dialogar com os representantes da categoria em janeiro, enquanto o secretário de Administração, Tibério Limeira, prometeu apresentar uma contraproposta para atender às demandas da classe. No entanto, as medidas anunciadas pelo governo no último dia 20 – que incluem a incorporação da bolsa desempenho e um reajuste linear de 5% – foram consideradas insuficientes.
De acordo com os servidores, após os descontos de impostos e previdência, o impacto real do reajuste será de apenas cerca de R$ 100, o que mantém os salários em um patamar insatisfatório.
O Fórum de Segurança Pública declarou que, no dia 14 de fevereiro, será realizada uma assembleia geral para avaliar as negociações com o governo. Caso as reivindicações não sejam atendidas, as forças policiais poderão iniciar uma Operação Padrão a partir do dia 21, culminando em uma greve geral.
A situação coloca o governo de João Azevêdo sob forte pressão, especialmente diante do aumento da insatisfação entre os profissionais da segurança pública e do risco de paralisação das atividades essenciais no estado.